quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Dali e Lijiang

Durante o jantar de Natal conheci uma canadiana que me perguntou se andava a procura duma "travel buddy", ao que protamente respondi q sim, é sempre bom ter companhia.

Dia 27dez partimos em busca duma estação de autocarros que os levasse a Dali. Bilheteira e bilhete em chinês. Qual a porta? Qual a hora? Bom, lá conseguimos perceber no meio de gestos e grunhidos... 5 horas depois estávamos em Dali. Mas não era bem a Dali que nós pensávamos. O nosso destino seria old dali e não new dali, ou Xiaguan.
Luis Lorena, uma palavra agora para ti, que bem me avisaste no teu blog, mas eu cometi o mesmo erro! Lá enocntrámos o autocarro nº 2, que nos levou ao autocarro nº 4, que por sua vez nos levou até OLD DALI.
Nesta cidade tudo se passa dentro de muralhas, no meio de montanhas. Deparei-me com um frio que entra nos ossos e congela. Deparei-me com uma realidade diferente, com uma realidade sem aquecedores e pouca água quente, mas também por 2euros nunca se pode pedir muito.

Dali é uma zona turística mas não choca! Conhecemos uma australiana mal chegámos lá (tadinha estava a viajar ha três anos...) e combinámos ir subir a montanha com ela no dia seguinte.
Mais uma vez, Luis Lorena, não sei porque não segui o teu conselho e ir de cavalo/burro até lá ao topo. Passei 3 horas a subir escadas e trilhas na montanha, subimos até quase 4000metros de altitude. A respiração fica estranha, o coração bate a mil, as pernas quase cediam, a cabeça meia zonza... E ainda íamos a meio!!! Não se brinca com altitude!
Mas depois chegar lá acima, uma vista incrível, pequenos templos abandonados ao tempo e ao vento, ravinas gigantes, cascatas no meio de montanhas densas cobertas de pinheiros... Compensa o esforço... Atravessámos a montanha para o outro lado, desta vez, a direito, o que me fez muito feliz, e voltámos para baixo num género de ovos (como na neve...).
Depois de todo este esforço físico nada melhor do que um grande jantar tibetano. Ingerimos todas as calorias que gastámos, conversámos sobre a China e cultura chinesa, juntou-se um alemão e foi uma noite muito bem passada.

No dia seguinte apanhei um autocarro para Lijiang. A Jen e a Kate ficaram em Dali, os planos delas passam por uma semana de meditação e yoga num mosteiro perdido no meio duma montanha qualquer na China. O que adorava fazer mas dada a falta de tempo, nunca seria possível!

Lijiang é a capital turística do país. Mas agora a época é baixa por isso não se vêm muitos turistas. Os que há, são chineses.

Fiquei a dormir na old town, num backpacker muito simpático, onde se falava inglês, inacreditável! Conheci um casal alemão que está a viver em Pequim, recém-licenciados em Direito. Fiquei de lhes ligar para vermos a Great Wall coberta de neve juntos.
Passeei pela old town durante o dia, uma briza gelava o meu nariz de vez em quando, mas ao sol estava-se tão bem. Ruas estreitas, casinhas típicas de madeira, pequenos richos e pontes velhas de pedra... Velhinhas com os trajes Naxi (cultura de Lijiang), crianças que mal começaram a andar já andam com um mini cão pela trela, ou com uma cabrinha bebé...
Visitei a residência da família Mu, um mega palácio com jardins infindáveis, com templos familiares e com uma vista sobre a old town de cortar a respirção. Passeei pela Balck Dragon Pool, que decididamente não merece os 6euros de entrada.
Apesar de ser turístico adorei passear pelas ruas menos populares, subir e descer escadas esconças, perder-me dentro da labiríntica old town sempre a fugir da sombra e à procura do sol. Tive de comprar cachecol, luvas e gorro.

De volta a Kunming... Dia 31 Dezembro... Passagem de ano! Já ouvi muitos planos, não temos certeza de nenhum. Como qualquer passagem de ano que se preze, tudo se decide à última da hora! De notar que a passagem de ano chinesa se celebra dia 14 Fevereiro e não hoje à noite.

Dia 2Jan parto para Pequim, onde me esperam -15ºC. Wish me luck!

Welcome to China!

Estou na CHINA!
Fui recebida em Kunming com um sol radioso, não muito frio, e o Kelly à porta do prédio de braços abertos para me pagar o taxi!
Cheguei dia 25Dez, dia de Natal e dia de jantarada no palacete. Sim, um autêntico palacete: 14º andar dum prédio dentro dum condomínio fechado com segurança à porta, duche com massagens e rádio, uma sala maior que a minha casa em Melbourne e uma varanda fechada onde bate o sol o dia todo!
Fomos almoçar a um restaurante chinês onde o Kelly escolheu a dedo todos os pratos. Vamos lá voltar hoje, é tão bom! Fizémos as compras de última hora e voltámos para casa para organizar tudo. O Kelly incarnou no Jamie Oliver e preparou o maior repasto da história.
Foi um Natal diferente mas óptimo! Havia sopa de bróculos, perú, batatas no forno e puré, ervilhas com bacon, mil sobremesas, troca de presentes e ainda uma noitada numa disco chinoca.
Estavam perto de 50 pessoas de todo o Mundo cá em casa mas obviamente passei mais tempo com dois australianos de Melbourne, o Steve e a Ruby, um espanhol completamente alucinado, o David e uma americana, a Jen. Todos estão cá a aprender chinês cm o Kelly. Não sei o que leva esta gente a querer aprender esta língua estranha (que para mim não passa duns grunhidos...).

Mas falemos da China, falemos dos chineses.
Falam alto, vão buscar escarretas ao estômago (só pode, pelo barulho!), cospem no chão, arrotam e peidam-se com a maior naturalidade do mundo. Sim, é nojento, e ainda bem que não vou estar cá tempo suficiente para me habituar. Tal como não me vou habituar aos buracos no chão a que eles chamam de retrete. Andar com lenços e papel na carteira é obrigatório!
Não falam inglês, nem uma palavra, nada, e por alguma razão que desconheço, acham que toda a gente fala e percebe chinês, incluindo eu. Limito-me a abanar a cabeça e rir.
É um país sem dúvida oprimido pelo comunismo onde a opinião fica connosco e está proibida de ser espressada, onde o facebook, twitter, blogs e myspace estão bloqueados pelo governo (o Kelly é um endrominator e arranjou aqui um esquema qualquer...), onde qualquer ataque pessoal ao comunismo é castigado com longos anos na prisão.
O custo de vida é sem dúvida uma vantagem. Come-se por 1 euro, dorme-se por 2,50euros.

Os meus dias aqui prometem... Isto sim vai ser uma aventura!

Crazy and happy Laos

"The world is a book and those who do not travel read only one page", St. Augustine.

Não era suposto, não estava planeado, mas acabei mesmo por ir ao Laos. Sinto-me realizada em todos os sentidos, foi a melhor escolha da viagem e foi sem dúvida o país que mais gostei!

Apanhei um avião/avioneta da Lao airlines que levava 30 passageiros. Conheci todos os não asiáticos que íam no avião. E não só conheci como passei com eles todos os dias até voar para a China. Estou a viajar sozinha agora, o que ESTOU A ADORAR, por isso converso com tudo o que mexe!
O grupo fez a minha estadia melhorar em 300%! Dois australianos de Melbourne (!!!), duas australianas de Perth, um holandês e eu. Ficámos todos as dormir no mesmo sítio em Luang Prabang, Spicy Lao backpackers.
Luang Prabang é uma antiga colónia francesa e isso vê-se nas casas coloniais. É uma vilinha pescatória, mas sofisticada, inundada de templos e monges budistas, muito calor, a comida é de se perder a cabeça e um night market que deixa qualquer carteira vazia! Não há lixo no chão, não há pedintes nem densidades populacionais proibitivas, e há muitos turistas, mas tem uma "vibe" relaxada, pessoas muito simpáticas e tudo o que se pode pedir nas férias.
Vi um pôr-do-sol lindo num barco no Rio Mekong com as minhas amigas australianas e duas belgas que se juntaram à grupa do avião.
À noite janta-se num dos mil restaurantes com comida típica ou no night market por menos de 1Euro. A jola bebe-se no Utopia, um sítio onde mal entrei pensei "quero abrir uma cena destas, igual, sem tirar nem pôr, em Lisboa!". Até volei se jogou neste bar! Os bares fecham as 23h30 e segue-se para a disco ou para o bowling. Escolhemos o bowling, e que bem escolhido, foi a maior risada (fiquei em último óbvio!!).

Juntámos ao grupo um canadiano, um americano e um inglês e fomos todos para as Khagshi Waterfalls. Subimos a cascata até ao topo, voltámos a descer e completamnete alagados da caminhada, acabámos em grande todos a nadar em águas azul turqueza.

De Luang Prabang segui num mini bus com mais cinco australianos para Vang Vieng. Um deles era o sósia do Mick Fanning! Perigo de viagem, curvas e contracurvas, íamos matando vacas, cabras e motociclistas, uma aventura. Chegada a Vang Vieng instalei-me no Spicy Lao, outra vez. Bungalows em cima do rio, fogueirinha, zona comum com pc´s, bananas, baguetes e livros... e a grupa que estava em Luang Prabang, estava igualmente aqui!
Vang Vieng não tem estradas alcatroadas, a maioria das guesthouses são bungalows, é um destino muito conhecido entre jovens de todo o mundo dada a oferta variada de bares, alcoól e drogas. Mas, a verdadeira razão da fama desta terra é só uma: TUBING!
Primeiro que tudo (Mãe, isto é para si!), não é bem como as pessoas descrevem na internet. Sim, houve uma miúda que morreu. Sim, há muito alcoól e muitas drogas, mas isso há no mundo inteiro, não é preciso estar aqui!
O Tubing consiste um descer um rio a nado ou numa bóia gigante, ou mesmo a pé, ir parando nos bares que estão espalhados pelas margens, dançar, conhecer milhões de pessoas, rir rir rir, saltar para água em rappel ou com cordas de 5metros de altura e escorregas (que sabe sempre bem visto estarem 35º), matar a sede com jolas fresquinhas e passar um dos melhores dias de sempre! No funso é uma grande festa ao ar livre ao londo dum rio, que começa ao meio dia e acaba as 17h!

Dia 24Dez despedi-me dos meus amiguinhos e segui para Vientiane, capital do Laos, onde não se passa nada, com o único propósito de apanhar o avião para Kunming, China.

Ficam boas memórias deste país! Passei mais dias aqui no Laos do que o inicialmente planeado mas também para quê mudar se é tudo tão bom? Gostava de cá voltar todos os anos! Conheci tanta gente aqui, fiz amigos do mundo inteiro, diverti-me mais que nunca, passei 8 dias BRUTAIS!!

Hanoi, Halong Bay e Sapa

Sim, eu sei... É dia 30Dezembro, estou com um atraso brutal, mas acontece que estes dias têm sido uma autêntica aventura, sem tempo para escrever... Mas prometo que hoje actualizo tudo!

Ainda em Saigão, visitámos o Museu da Guerra. Acho que o que vi dentro daquela exposição me fez gostar ainda menos da cidade, não que esteja directamente relacionado, mas é um choque perceber que depois de tantos anos, está ali um povo que ainda sofre diariamente.
Saí do museu e achei que ainda existia guerra, que ainda havia granadas a explodir, armas a serem disparadas e tanques a varrerem pessoas sem dó nem piedade... Claro que nada daquilo se passava, era tudo fruto da minha imaginação fértil, mas saber que há crianças a nascer todos os dias cegas ou surdas, sem braços nem pernas, por causa dos ácidos largados pelos americanos, foi algo que ficou na minha memória durante alguns dias e que, admito, me transtornou!

Decidimos apanhar um avião de Saigão até Hanoi. Infelizmente não deu para conhecer nada na costa do Vietnam (fica já aqui uma sugestão: a minha próxima viagem será sem dúvida para conhecer a "parte boa" do Vietname, quem se quiser juntar...). Depois da experiência do autocarro preferimos pagar mais uns euritos e demorar 1 hora.

Hanoi é bem mais simpático do que Saigão, a meu ver. Como devem ter percebido não adorei Saigão, a não ser os túneis...
Dormimos umas horas e partimos cedo para Halong Bay. A 4 horas de autocarro de Hanoi, esta baía inundada de milhares de ilhas de todos os tamanhos e feitios, é ums dos highlights do Vietname, um dos cartões de visita do país e, depois de lá ter estado, percebi porquê, e recomendo.
Na estrada entre Hanoi e Halong Bay é possível ver todos os tipos de animais, cemitérios, prédios inacabados. Mas depois no horizonte, destiguem-se os chapelinhos bicudos dos vietnamitas nos campos de arroz (normalmente mulheres... os homens pouco fazem neste país!). Ultrapassa-se pela esquerda e pela direita, normalmente pelos dois lados ao mesmo tempo, numa estrada onde existe uma só faixa para cada sentido. Não há sinais e quando há obviamente não se respeitam.
O plano era passar dois dias e uma noite num barco e os meus olhos até ficaram em bico quando percebi o luxo em que íamos viajar, tendo em conta os sítios por onde andámos. Foi dos melhores duches! Como esta é época baixa, não havia muitos barcos, o que também ajudou. Uma curiosidade, todos os barcos têm a bandeira Vietnamita, penso que é pelo facto de o governo investir bastante nesta zona como fomento ao turismo.
Parámos numa vilinha de pescadores flutuante e consegui "conversar", através do guia que serviu de intérprete, com um pescador mais velho. Percebi que vivia ali desde criança com a sua família. Os seus olhos e rugas espelhavam uma vida passada no mar, ao sol, a pescar, uma vida cheia e rica.
O fim de tarde foi épico, ao som de Bryan Adams numas velhas colunas, na companhia de duas francesas, comeram-se pringles, beberam-se jolas e viu-se um pôr-do-sol memorável.
Estar ali é estar em paz. A calma e um silêncio para compensar a confusão das grandes cidades. Senti a minha cabeça (e o meu coração) a acalmar depois da quase revolta interior que experienciei em Saigão. Lembro-me de ter pensado e talvez até cheguei a dizer alto "É bom estar aqui!".
Já percebi o porquê da nomeação deste paraíso como património mundial. Foi a primeira vez que consegui ler um meu livro sem motas ou buzinas como música de fundo.
Às 18h o jantar foi servido em mesas de madeira maciça e com direito a toalhas e guardanapos de linho. O chiqué! A noite acabou em grande com o staff a dar um autêntico show no karaoke. Escorriam-me lágrimas pela cara quando os vietnamitas decidiram cantar Celine Dion, Bryan Adams e Beatles. O grupo parecia ter sido escolhido a dedo e todos alinharam em cantar (MENOS O GUILHERME!!!!!). Foi um momento para recordar!

De volta a Hanoi. Mas só por mais umas horas, outra vez. Desta vez o destino era Sapa.
O combóio era as 20h, 10 horas a dormir com direito a cama, e chegávamos ao destino as 6h. Mas como viajar no Vietname NUNCA corre como o previsto... Saímos as 22h30 e chegámos as 8h30.
Ficámos a dormir uma noite num hotel e os dois dias foram passados a passear pelas vilas "around Sapa", no meio das montanhas, separadas por rios e campos de arroz intermináveis. É um sítio muito turístico mas não perdeu o encanto. As crianças falam inglês. As miúdas deixam de ir à escola quando fazem 11 ou 12 anos para trabalharem no artesanato local e ajudarem nos campos de arroz, enquanto os rapazes nunca deixam de estudar. Mais uma vez: mulher tem vida dura neste país! Quantas vezes vi eu os homens deitados em redes enquanto as mulheres, com uma criança às costas, trabalhavam nos campos.
No primeiro dia passeámos pela montanha e visitámos pequenas aldeias. As crianças sujas e seminuas são a fotografia perfeita, mas a troco sempre de alguma coisa, "não há almoços grátis" em Sapa. No segundo passámos o dia a saltar de pedrinha em pedrinha para escapar aos campos lamacentos e aos riachos. Almoçámos maravilhosamente numa das aldeias na companhia de dois alemães e um inglês e pude, mais uma vez, comer sopa de abóbora! Sapa não tem poluição, existem escolas com grandes jardins, a cidade está cheia de espaços verdes e mercadinhos.
Voltámos para Hanoi, mais 10 horas de combóio, e passámos o dia a visitar a cidade.
Nesse mesmo dia fomos para o aeroporto. O Guilherme tinha avião de volta a Singapura. E eu... LAOS.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Cu Chi Tunnels

Acordar as 5h. 14 horas de autocarro. Passar a fronteira a pe. Entrar e sair do autocarro 6 vezes. Nao ver o passporte durante 1 hora. Bancos duros que nem pedra. Rabo quadrado.
E finalmente chegamos a Saigao.
Reparamos logo que as pessoas aqui vivem bem melhor que no Cambodja, usam capacete quando andam de mota (esta e a cidade no mundo com mais motas...), nao existem criancas seminuas a venderem o que lhes aparece a frente. Estamos na capital economica do Vietnam. Vimos carros com vidros fumados e pessoas bem vestidas.
Pobreza como a do Cambodja ja nao vemos aqui.

Ficamos a dormir numa ruazinha estreita que sai da rua principal e organizamos com uma agencia de viagens (nunca vi tantas juntas, nem em Cairns...) a nossa ida aos Cu Chi Tunnels.
Estes tuneis estendem-se por centenas de quilometros e vao ate a fronteira com Cambodja, onde viviam 17 mil vietcongs, e onde tambem morreram 12mil durante a guerra do Vietnam.
A nossa guia disse-nos: " Ha tres coisas em que os vietnamitas sao bons, desactivar bombas antigas (apesar de haver uns que se enganam...), bater records no numero de pessoas em cima duma scooter e construir tuneis". O instinto de sobrevivencia e a falta de materiais de guerra falou mais alto, fazendo com que uma autentica cidade fosse construida debaixo do chao, muitas vezes debaixo das bases americanas. Tinham cozinha, salas, entradas e saidas de ar e agua, portas falsas, escoltilhas para nao morrerem la dentro com granadas americanas, etc... As minas eram feitas com restos de bombas amercanas, as armadilhas com bambus e madeiras. Era preciso ter imaginacao. A media da altura dos soldados era 1.50m, logo eu nao precisei de me esforcar muito para andar la por dentro, ja o Guilherme...
Ainda tivemos direito a um lanche de tapioca com um cha duma arvore qualquer, falha-me a memoria, que era a comida dos soldados na altura. Por soldados entenda-se homens, mulheres e criancas.
A nossa guia e as pessoas que trabalham nas agencias de viagens conhecem Portugal. E conhecem Lisboa. E mais... Conhecem o Sporting. Tudo a pala do Cristivandro Reinaldo. E descobrimos que ha um tal de Calisto, portugues, a trabalhar aqui como treinador de futebol.

Jantamos na rua principal (voltei a repetir a sopa de abobora...) e deparamo-nos com a maior festa... Apanhamos o aniversario do Rei am Bangkok e ontem o Vietnam ganhou um jogo e futebol ao Cambodja (no ambito dos 2009 Sea Games, no Laos), motivo de festa nacional. Nunca na minha vida pensei ser possivel ver tantas motas num espaco tao pequeno, todas com 3 pessoas no minimo a agitarem a bandeira nacional!

Contamos ainda com a companhia de tres portugueses que encontramos no meio da rua (e porque os tugas se topam a miles...) e ainda demos um passinho de danca ao som de Meatloaf com uns irlandeses loucos varridos.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

De Siem Reap a Angkor Thom

Estamos em Siem Reap e a minha companhia de viagem nao podia ser melhor. Passamos os dias a rir!
Siem Reap foi uma surpresa porque nunca pensei no meio do nada haver uma vilinha com tantos bares e restaurantes do tipo western. Ha muita gente que nao passa sequer por Phnom Penh antes de vir para aqui ver os templos. E nao duvido que haja tambem muita gente (ozzys!!!) que vem para aqui beber copos ate cair para o lado e nao vem templos coisissima nenhuma, porque o preco da entrada nos templos aqui (20 USD) sao o suficiente para 3 bezanas, e das grandes.
Temos optado pela comida tradicional cambodjiana e ontem jantei uma sopa de abobora muito conhecida por estas paragens que me deixou com vontade de me alimentar dela ate ao fim da vida!
Ha restaurantes e bares para todos os gostos e feitios, asiaticos, italianos e americanos. Ha pubs e bares que fazem lembrar Melbourne.
Mas a pobreza impera e as vezes somos obrigados e ver coisas q os nossos olhos n desejam, como anteontem, eu e o Guilherme estavamos a voltar para o nosso hotel quando uma crianca de 4 anos nos aborda a pedir leite. Qdo olhamos tinha uma lenco a volta do corpo com um bebe de 6 meses a dormir pendurado nela... Faz tanto confusao olhar como nao olhar... E ficamos a pensar nela ate hoje.

Mas agora sobre os templos, que foi para isso que me enfiei num barco durante 6 horas (e os meus amigos companheiros palhacos de viagem quase apanharam uma insolacao!).

Fizemos business com um condutor de tuk-tuk e ele andou connosco para tras e para a frente (small circuit 10USD; big circuit 15USD).
Os dois templos mais importantes, mais bonitos e mais bem conservados sao o Angkow Wat (cereja no topo do bolo!) e o Bayon. Dantes as casas eram feitas de madeira e so os deus podiam ter casas de pedra. OS templos sao pedras em cima umas das outras, colunas trabalhadas, esculturas de buddhas, leoes e elefantes, autenticos labirintos e muitos tem piscinas e lagos por perto.
O Angkor Wat foi construido no inicio do Sec. XII pelo rei Suriyavarman II como "state temple" e capital da cidade de Angkor Thom. Pela sua importancia e perservacao e hoje em dia um dos simbolos do Cambodja e aperece na bandeira nacional. Ja para nao falar da atraccao turistica que fomenta, dentro de todas as limitacoes que aqui se passam, a economia nacional, se e que assim se pode chamar.
Hoje vimos o sol nascer por tras deste templo e e realmente imponente. Pena o meu cabo USB da maquina ter ficado algures e eu nao conseguir passar as fotografias porque foi um momento daqueles que fica guardado na memoria.
Depois do por do sol fomos ao Bayon. Ja sabiamos que nos iamos sentir obversados e que era igualmente especial. Foi construido para servir de "state temple" oficial dum rei Buddhista no principio do Sec. XIII. Depois de se subir degraus ingremes chega-se ao topo do templo onde inumeras caras esculpidas nos quatro lados das colunas nos observam.
Angkor Thom foi a ultima cidade capital no Imperio Khmer. A sua contrucao teve lugar no Se. XII e ocupa 9Km2.

A parte negativa da visita e sem duvida a quantidade de miudos que falam ingles na perfeicao, muitas vezes tambem frances e espanhol, que tentam vender o que quer que seja a troco de 1USD. O pior e que nao desistem ate lhes dizermos NAO bem alto e com um ar chateado, o que nunca e bom de se fazer quando se esta de ferias num lugar tao pacifico, que inspira tanta calma. As vezes eles sao simpaticos e comicos em vez de chatos e apesar de nao querer comprar NADA, o que deixo logo bem claro, aproveito para falar mais com eles e perceber o que fazem da vida para alem de venderem aguas, mangas, postais e livros. Normalmente mais nada... Normalmente, aquela e a vida deles com 4, 12 ou 20 anos.

Amanha a mim e ao Guilherme espera-nos uma viagem de 12 horas ate Ho Chi Minh City (aka Saigao)de autocarro enquanto o Sirocco volta para Singapura.

Mais novidades para breve...

domingo, 6 de dezembro de 2009

O comeco: Bangkok e Phnom Penh

Bangkok foi uma surpresa... E ainda penso na sensacao que tive quando me apercebi onde estava realmente.
E uma das cidades mais poluidas do Mundo e um dos destinos mais procurados por turistas que querem fazer praia, que sao budistas e, muito conhecido no SE Asiatico, pela prostituicao.
A confusao de pessoas, carros, motas, autocarros e animais faz lembrar um mercado ao ar livre que se estende por quilometros. Nao ha qualquer tipo de organizacao. O caos instalou-se na cidade e esta para ficar!
Visitamos os templos e o Grand Palace na companhia de dois amigos chilenos, conhecemos todos os mercados diurnos e nocturnos e passeamos perdidos no meio de Chinatown. Fizemos questao de apanhar todos os meios de transporte disponiveis (menos taxi mota), como o autocarro, o barco, o taxi o tuk tuk, o skytrain e o metro.
Ficamos a dormir no Green House Hotel, perto da caotica kao San Road, mas numa zona bem mais calma, com direito a ar condicionado e agua quente por 5euros a noite.
Apanhamos o aniversario do Rei, que deve ser a festa do ano para os Tailandeses. As ruas fecham, as pessoas nao trabalham, o Rei oferece comida e bebida para todos e a festa dura por 5 dias. O resultado foi muitas vezes sermos largados as feras, no meio do nada, tudo em festa, porque os taxis nao podiam andar nas ruas.
A nossa ultima noite foi passada no andar 59 dum hotel no CBD de Bangkok com uma vista que nos deixou "speechless".
Fica com certeza muita coisa por dizer, mas penso que nao havera melhor maneira do que verem com os vossos proprios olhos.


Agora estou em Phnom Penh, desde ontem a tarde, e estamos a dormir num hotel fantastico por 50euros as duas noites (um luxo por estas paragens!!), na companhia do Sirocco.

Ontem fomos jantar a um restaurante local e depois fomos a um bar que na altura da guerra era onde os jornalistas se reuniam para conversar e escrever e mandar as suas historias.

Este pais tem uma historia tragica e hoje visitei a prisao de pol pot e os killing fields. Entre 74 e 79 (so 4 anos antes de eu nascer!!), pol pot subiu ao poder e comandou o maior genocidio do mundo, sim (!!) maior q o da segunda guerra mundial. Morreram milhoes de pessoas. O proposito era acabar com todas as pessoas q tinham formacao, educacao e inteligencia, de forma a n haver oposicao. O objectivo era formar um pais com uma classe trabalhadora, dedicada especialmente a agricultura. Faz impressao ver q tudo isto se passou ha 30 anos... Na prisao e nos killing fields existem corpos de pessoas, esqueletos e cranios, roupas antigas, camas e outros materiais usadas na tortura por metodos barbaros.
E chocante ver a pobreza... E chocante saber que ao meu lado a ver a prisao se calhar estava o neto ou o filho de alguem q foi morto nestes 5 anos de terror! As pessoas eram sujeitas a torturas barbaras, sem explicacao!
Sera que metade do q realmente se passou veio ca para fora??
Mais espantoso e notar que a violencia pela qual passaram (ja para n falar da guerra do vietnam e da guerra civil q durou ate aos anos 90) nao se nota nos sorrisos que todos nos mostram. E impressionante como vivem conformados...
Hoje o nosso passeio foi sem duvida uma licao n so de historia, como de vida...

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Acontece a todos...

Sometime around midhight...



Esta música é para ser ouvida com atenção...

Já aconteceu com todos: Ah e tal é hoje... É hoje... Nhecos!!!
"Then she leaves, with someone you don´t know... But she makes sure you saw her, she looks right at you and bolt".

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Heard about Movember??

"Movember" (moustache + November) é uma celebração anual, que decorre durante o mês de Novembro com o objectivo de alertar os homens para o cancro da próstata e depressões.
Durante o mês de Novembro os homens que contribuiram de algua forma para esta campanha deixam crescer o seu "moustache".
A ideia nasceu em 2003 quando um grupo de amigos estavam a beber uma cerveja, num dia como qualquer outro, num bar em Melbourne, mais precisamente em Fitzroy, e veio à conversa a moda do passado, e como não poderia deixar de ser, o bigode foi assunto. Então lembraram-se de trazer o bigode de volta à ribalta e ao mesmo tempo angariar alguns fundos que pudessem encorajar os homens a saberem mais sobre a sua saúde, a conversarem uns com os outros sobre isso e como prevenir algumas surpresas desagradáveis.
Desde 2003 que o movimento tem crescido tanto em numero de membros como em donações.
Não existe um movimento destes em Portugal, mas não era mal pensado.
Aconselho uma visita ao site: www.movember.com .
Aqui em Melbourne nota-se realmente que os homens aderem a este movimento. Andando na rua vê-se todos os tipos de bigodes...

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Curiosidades de St. Kilda Beach

O verão chegou finalmente a Melbourne. As pessoas andam mais felizes, as esplanadas estão ainda mais cheias, pratica-se jogging as 11h da noite...
Aqui passou-se de 14º para 32º graus de dia e 26ºde noite. O calor aperta e eu, como tuga que sou, comecei a gastar os meus dias na praia!
Saio de casa de Ipod e óculos escuros, canga à volta do pescoço e pouco mais. Depois de uma caminhada de 10minutos estou em St.Kilda Beach, a famosa praia da cidade de Melbourne. Claro que existem mais mas esta é a mais perto de centro.
Bom, é altura de esclarecer o termo "praia". Não é nenhuma Cordoama ou P.G. Não é uma Costa da Caparica nem uns Salgados. É mais uma baía.
Bom, então é um baía daquelas de areia branca e água parada mas transparente. Sim, daquelas onde se anda até ao horizonte e continuamos com água pela cintura (até eu!).
Neste dias de praia deparei-me com cenários que não lembram "ao diabo"...

1- O cuecão da avó, conjugação de cinta com fralda, que estas jovens ozzies usam... Podiam ser altas gatas, porque há realmente miúdas giras neste país, bastava um bikini da blue man! Escusado será dizer que eu e as minhas amigas tugas e zucas quando nos despimos na praia e mostramos os nossos micro bikinis, nos sentimos bastante observadas.

2- E necessidade que elas têm em se vestirem antes de irem tomar banho. Bom, estão deitadas na toalha de bikini, sentem calor, levantam-se, vestem os calções de ganga ou o vestido e vão tomar banho... Não há explicação para isto! Vestidas dentro de água, semi nuas (com o seu cuecão!) na toalha??? Não percebo...

3- O ódio que eles têm a areia. Metade das pessoas estão deitadas na areia, mas a outra metade está a derreter na relva que separa a praia da estrada. Já para não falar daquelas pessoas que passam o verão num dos mil jardins de Melbourne, de bikini, sem tomar um banho de mar, que está apenas a 10minutos a pé. Olhem para nós todas no jardim da estrela a trocar revistas cor de rosa e óleos bronzeandores??? Palhaçada! ahh sim, elas usam óleo mesmo sendo fantasmagóricas e transparentes!

4- Os chineses. Bom, este povo não se despe, seja qual for a circunstência. Mesmo com 35º graus e na praia, não se despem! São viciados em produtos de beleza com "whitening" e odeiam ficar queimados pelo sol. Então vêm em grupos de dez, histéricos porque provavelmente nunca viram mar nem praia, chapinham na água parada de calças arregaçadas e tiram mil e uma fotografias. Já quanto aos indianos, esses também não se despem, mas a malta até agradece!

5- A obcessão e vício dos asiáticos pela tecnologia ontem bateu todos os records! Primeiro, todos os dias inventam um mp3, um PC ou um telemóvel mais pequeno e com mais funções. E eles compram TUDO!!! Então ontem estava eu a apanhar sol e a conversar com a Inês e a Joana quando de repente vemos uma ave rara de head phones na cabeça, mini PC na mão, a falar para o PC e às voltas na praia. Muito bem, a jovem estava a falar no skype com algum desgraçado e a mostrar ora as pessoas, ora a carinha laroca dela a rir-se, ora a praia, ora o pontão, ora o mar, ora os barcos, enquanto se passeava pelo meio das pessoas, mini PC de um lado para o outro. A praia inteira ria-se!

domingo, 8 de novembro de 2009

Introdução à Nova Zelândia

Nos seus primórdios, a NZ era habitada pelos Maori, povo que, ao contrário dos aborígenes na Austrália, está bem inserido na sociedade e tem crescido muito nos últimos 100 anos, constituindo hoje em dia 16% do total da população. Os primeiros navegadores (ingleses) que lá chegaram chamaram o país de Aotearoa, “the land of the long white cloud”.
As ilhas da NZ são separadas da Austrália pelo Tasman Sea ao longo de 1600km. É o primeiro país no mundo que vê o sol nascer todos os dias pela sua localização no Meridiano de Greenwich oposta aos zero graus. Tem 4.2 milhões de habitantes, por isso é que muitas vezes não víamos absolutamente ninguém durante horas. Aliás, 75% da população vive na ilha norte e a nossa viagem concentrou-se na ilha Sul.
A variedade de flora e fauna é compreensível pela actividade vulcânica, pelos enormes lagos e glaciares. A agricultura e a pecuária são as actividades mais importantes.
O rugby é o desporto de eleição (o próximo campeonato do mundo em 2011 está já a ser intensamente vivido em Christchurch), seguido do cricket e do netball.
Sobre a cultura Maori será indispensável referir as canoas que eram facilmente construídas com a madeira das vastas florestas e serviam de meio de transporte mais usado nos grandes lagos, as tatuagens faciais que distinguiam o papel de cada um nas tribos, e as danças, algumas só para mulheres (“poi”) e outras só para homens, normalmente rituais de guerra, como o conhecido “Haka”, hoje em dia famoso pelas performances da equipa nacional de rugby, os All Black.

Kiwi Road trip

Considerei por momentos criar um blog paralelo a este para conseguir contar com detalhe esta aventura, que merece realmente ser bem contada. Durante 10 dias, eu e a Marta vivemos neste país tantas experiências, visitámos autênticos paraísos, vimos tanta variedade de animais selvagens e diferentes cenários.
Vou começar pela escrita… Depois podem divertir-se com as fotografias!

A aventura começou logo em Sydney. Chegámos ao check in já em cima da hora quando eu reparei que a minha bolsinha preta com o meu passaporte, bilhete de avião, carteira com todos os meus documentos e cartões e óculos de sol tinha caído no autocarro que apanhámos de casa da Mariana e do Pedro para o aeroporto. Não imaginam a correria que foi naquele aeroporto. Escusado será dizer que perdemos o voo. Fui inundada por uma tristeza enorme, chegando ao ponto de dizer “Marta, tenta arranjar um voo, não sei como vai ser com o meu passaporte, vai tu…”. Não estava a acreditar na minha distracção, fiquei irritada comigo própria!! O sonho neozelandês esteve por momentos hipotecado! Obrigada Marta nesta altura pelo teu espírito positivo!
Nestas alturas não sinto saudades nenhumas de Portugal pela rapidez com que tudo de resolveu. Entre conversas com polícias e condutores do autocarro 400, com a companhia de autocarros, com o departamento de perdidos e achados dos autocarros… Uma hora depois o estafeta (a quem eu dei um abraço de “best mate” e disse “man, don´t know how to thank you here… You just brough my life back!”) estava lá para me entregar a minha carteira sã e salva, com tudo lá dentro. Durante este stress a Marta andava de balcão em balcão a tentar encontrar um voo para Auckland ainda nesse dia. Acabámos por voar nesse mesmo dia com a Qantas (pimba! mais 252 Dólares!!) ao fim da tarde.
Mas até chegarmos a Auckland conseguimos cometer mais um erro. Quando estávamos a marcar o nosso voo na internet no aeroporto, um jovem de 22 anos que vivia em Sydney já há dois anos, mas de nacionalidade neozelandesa, encontrava-se com alguma dificuldade em fazer a compra do bilhete on-line. Como duas boas alminhas que somos, vamos lá ajudá-lo. Ficámos a saber que era a segunda vez que andava de avião e mandou-se para o aeroporto sem bilhete. Não sei o que poderá ter passado pela cabeça deste jovem… O erro foi aceitar a proposta que ele nos fez: nós dar-lhe-íamos boleia de Auckland até Taupo, sua terra natal, e ele pagava-nos um quarto de hotel nessa noite. Como ele tinha dificuldade sérias em marcar o que quer que seja on-line, lá ajudámos a marcar também o hotel, fazendo questão de reservar um quarto com duas camas.
Depois de 3 horas de espera no aeroporto a beber jolas com o muito pouco animado novo amigo (já para não falar da falta de educação; chegou a um ponto em que fui eu e a Marta a carregar as malas dele…), mais 3 horas de voo até Auckland, lá conseguimos chegar ao quarto. Qual foi a nossa surpresa quando dentro do quarto havia apenas uma cama de casal, ainda tentei procurar outras portas e tal, camas que saíam dos armários, nada… Para tornar a coisa ainda pior, a Marta diz “Shot gun na ponta…” AAAAAHHHHHHH e agora????? Bom não preguei olho a noite toda porque para além do menino ressonar que nem um porco, agarrou-se a mim várias vezes a meio da noite (ao que respondi com valentes pontapés e cotoveladas!!). Que inferno de noite! Rezava para que o primeiro raio de luz entrasse no quarto para saltar daquela cama rapidamente! Estava metida no maior pesadelo! Finalmente amanheceu e às 7h30 já eu estava pronta para sair daquele filme! Fomos tomar o pequeno-almoço, apanhámos um táxi e fomos buscar a nossa tão aguardada Wicked campervan. Já estava com o mono pelos cabelos… Não aguentava olhar para a cara dele, a comer de boca aberta, a espalhar comida (frango oleoso e batatas cheias de sal!!!) pela nossa carrinha brand new. Eu e a marta dissémos tanto mal dele em português! Só nos queríamos ver livres da personagem! Começámos a nossa viagem rumo à parte Sul da ilha Norte, ele ficaria a meio do caminho. Entretanto decidimos visitar as Waitomo Caves, cheias de pirilampos e estalactites.
Como as coisas não podiam estar melhor… Um camião passou por nós a abrir e fez com que uma pedra fosse bater no nosso vidro da frente, desenhando uma circunferência perfeita, que nos acompanhou durante toda a viagem sem se desfazer 1000 pedaços.
Largámos o anormal bem longe da cidade dele, já estávamos pelos cabelos e com zero remorsos de o termos deixado a meio do caminho, pois estávamos muito apertadas de tempo para apanhar o ferry para a ilha sul, as 3h da manhã.
FINALMENTE!!! LIVRES DO MONO!! AGORA SIM A VIAGEM ÍA COMEÇAR!!
Chegámos a Picton às 6h da manhã. Cidade fantasma. Esperámos que o supermercado abrisse, fizemos algumas compras essenciais para os futuros pequenos-almoços, pequenos lanches e jantares. Passeámos por algumas terras à volta. Aquela zona é especialmente conhecida pelas vinhas.
Pelo caminho parámos no Lake Rotorua. Que espectáculo de sítio! Tirámos a mesa e as cadeiras para fora e aproveitámos para petiscar. Não poderia ter sido melhor!
Fomos em direcção a Hokitika, uma vila pequena à beira da estrada, onde acabámos por ficar a dormir numa rua onde estavam mais 3 carrinhas e onde o estacionamento para dormir era autorizado. Estava um briol desgraçado, a Marta que o diga que quase entrou em hipotermia durante a noite. É bom dizer nesta altura que este país só poderá ser visitado de carro e está totalmente preparado para backpackers, tem casas de banho de 10 em 10kms, tem parques de campismo em todas as estradas e parques não pagos para as carrinhas que não precisam de electricidade. Claro que durante estes dias o banho às vezes ficou por tomar dada a falta de meios…
Acordámos em Hokitika com um sol radioso, bebemos um café e passeámos. Deparámos com um cenário lindo, já que Hokitika tem praia; olhando para o mar sem fim, temos nas nossas costas montanhas cheias de neve. São este tipo de cenários que nos iam acompanhar nestes dias. Absolutamente fantástico! Guiámos em direcção aos Glaciares Fox e Franz Joseph e quando lá chegámos, depois de uma caminhada longa, percebemos porque são tão conhecidos…
Acabámos por ficar a dormir num sítio onde não era nada suposto, mas mal chegámos a Wanaka, soubemos as duas que teríamos de ficar: Wanaka é dos sítios mais bonitos onde já estive. No Inverno deve ser dos melhores destinos para quem gosta de fazer ski ou snowboard. Precisávamos dum banho urgente, então alugámos um quarto num hostel muito simpático e com ambiente cosy dum engraçado casal hippie. Aproveitámos para cozinhar uma refeição decente e tomar um longo duche quente. Sabia lá quando seria o próximo…
Acordámos no dia seguinte com um tempo maravilhoso, o sol brilhava por cima do lado de Wanaka, as montanhas cheias de neve por cima do lago, tudo isto a servir de paisagem enquanto tomávamos um mega pequeno-almoço. Era suposto fazer skydive mas fiquei fula quando percebi que era financeiramente inviável! A viagem que se seguia era até Queenstown, conhecida pelos seus desportos radicais. Em Queenstown encontrámos a cidade em alvoroço com o jazz festival, cheia de concertos nos jardins, feirinhas perto do porto e muita gente. Há que notar que este país tem tão pouca gente que demos por nós a andar de carro durante 2 horas sem vermos um único carro ou uma pessoa, o único ser vivo à vista eram as ovelhas. De Queenstown fomos até ao Milford Sound, onde chegaríamos apenas na manhã seguinte. Almoçámos tarde junto do Lago Te Anau e dormimos em Cascade Creek, num vale entre duas montanhas. Esta nossa paragem foi engraçada. A carrinha vem equipada com um forno portátil que da primeira vez até funcionou bem, mas da segunda começou praticamente em chamas no meio da floresta. Achámos sensato não mexer mais no aparelho. Então começámos a apanhar paus do chão, mais papéis de revista, mais papel higiénico e tentar pegar lume para aquecermos água para uma sopa de tomate instantânea. Visto que o tempo estava meio chuvoso e a madeira já estava meio molhada, foi uma aventura! Mas depois de uma horinha valente a correr entre o campo e a “fogueira” para evitar que se apagasse, a água aqueceu o suficiente (longe obviamente do ponto de fervura necessário segundo as instruções do pacote, mas realmente, que se danem as instruções!) e lá nos deliciámos com bolachas com queijo e uma sopa quente de tomate.
Acordámos de madrugada na manhã seguinte e pusemo-nos a caminho dos tão famosos fiordes. O caminho não prometia grande coisa: chuva, gelo, neve, vento e frio. Fomos num passeio de barco (54NZD) de 2 horas com mais 10 pessoas, onde nos ofereceram chá e café quente, estava realmente frio. O passeio passa-se num lago sem fim que acaba no Tasman Sea, onde estão as placas tectónicas que um dia ligavam a NZ à Austrália. No meio do mar vê-se um bico escuro que ao princípio parece um barco (eu não tive a menor dúvida que era um barco!) mas depois da explicação do capitão ficámos a saber que é o pico duma montanha que está tapada pela água. As margens do lago são ravinas inundadas de cascatas e vegetação de todos os tipos. O cenário é fantástico, montanhas semi -tapadas por um nevoeiro que dá um ar fantasmagórico. Tivémos ainda a sorte de estar bem perto de animais que são apenas possíveis de encontrar nos fiordes: golfinhos (raça dos fiordes), pinguins, pássaros e focas. Quando achávamos que não podia haver mais surpresas nesta viagem, que as coisas bonitas já estavam vistas, este passeio foi a cereja no topo do bolo!
O próximo spot: Mount Cook. Estávamos meia apertadas de tempo, e ainda tínhamos de passar pelo Lake Tekapo (ponto obrigatório!!!!!). Decidimos dormir entre o Mount Cook e o Lake Tekapo, mas demos por nós e não havia nenhum parque como o da noite anterior (à borlix portanto!). Duas coisas aconteceram neste dia: 1. primeiro fomos paradas pela polícia. O limite de velocidade era 100km/h e íamos a 112 km/h… Pois, isto cá não é como Portugal que se pode andar até 140km/h. Mas nestas alturas não há nada como ser mulher (aliás, duas mulheres…) e turista… E simpática já agora! Lá nos safámos com um “warning”. 2. Como não arranjávamos nenhum sítio para a pernoitar, decidimos seguir duas caravanas pela noite dentro. E que boa escolha! As caravanas levaram-nos até Lake Tekapo, onde chegámos por voltas das 23h. Entrámos no parque de campismo tarde e saímos cedo (7h da matina), evitando pagar a noite (e o banho mais uma vez ahaha… ossos do ofício!!). Tomámos o pequeno-almoço à beira dum dos lagos mais bonitos da NZ. Encontrámos um mini igreja toda de pedra amorosa mas estava fechada.
Tomado o pequeno-almoço: Mount Cook. Encontrámos um casal simpático que nos avisou para nos despacharmos… O tempo e o vento iam mudar, o frio ia voltar a atacar e a subida poderia ficar difícil. Quando lá chegámos fizemos um trecking chamado Key Point. O fim deste caminho leva a uma espécie de planície onde se pode ver o Mount Cook do lado direito e um glaciar do lado esquerdo. Ainda ouvimos algumas avalanches mas não conseguimos vê-las.
Do Mount Cook partimos para Christchurch, onde o Chico Caldeira Pires e a sua namorada Louise nos receberam tão bem! Depois de 10 dias a dormir numa carrinha, onde o banho era raro, voltar à civilização com direito a endredon, aquecimento, água quente e refeições caseiras soube bem. Melhor que isso tudo foi rever o meu querido amigo Chico, depois de 3 anos sem nos vermos. Que bom que foi!
Em Christchurch tivemos três dias: no primeiro fomos a Akaroa; no segundo a Kaikora; no terceiro visitámos a cidade. O tempo não foi o mais acolhedor mas nada que não se resolvesse.
Acordámos com o barulho da tempestade. A viagem para Akaroa demora cerca de 2 horas e ía ser comprida, numa estrada junta á costa, depois numa estrada de terra pela montanha com ovelhas pelo caminho. Passeámos e almoçámos em Akaroa, uma vilinha pescatória e simpática, com casas antigas de influência francesa. O tempo foi melhorando a caminho de casa, desta vez pela autoestrada. A Marta cozinhou para todos um jantar fantástico. Ainda tivemos a ouvir Xavier Rudd e o seu didjeridoo, acompanhado de histórias do antigamente, daquelas que queremos recordar para sempre.
No dia seguinte acordámos as 4h da manhã. Tínhamos de estar em Kaikora às 7h e a viagem até lá ainda demora. Mas se puderem façam mesmo isto a esta hora. O caminho foi quase todo feito debaixo dum céu absolutamente estrelado. Quando começou a amanhecer um nevoeiro rasteiro fez lembrar o Senhor dos Anéis. Senti-me realmente sortuda quando vi o nascer do sol no mar, que espectáculo! Kaikora vive destes programas turísticos: whale watching. Às 7h15 entrámos num autocarro que nos levou até ao porto, onde estava o nosso barco (140NZD). A manhã passa-se à procura duma baleia (sperm whale), muitas vezes difícil de encontrar. Mas ainda chegámos a ver duas. A primeira muito mal, a segunda muito bem! Apenas 1/3 da baleia fica de fora de água, o que é pena pois não dá para ter a noção do seu tamanho real. Depois ainda vimos dezenas de golfinhos (dusky dolphins) mesmo ao lado do nosso barco a darem um autêntico show acrobático. Tomámos o pequeno-almoço numa baía onde vimos algumas focas a brincarem nas ondas, a fazerem carreirinhas, e outras “esparralhadas” nas rochas, ao sol.
Voltámos para Christchurch cheias de coisas para contar. A meio do caminho a gasosa começou a apertar e não víamos nenhuma bomba. Confesso que me deu aquele nervosismo no estômago… Não me estava mesmo nada a apetecer empurrar aquela carrinha… mas vá lá, à última da hora lá apareceu. Era o último dia de aluguer da carrinha… fiquei com alguma nostalgia quando a entreguei, foi grande companheira de aventura e nunca nos deixou mal! O Chico foi-nos buscar à garagem da Wicked, fomos comprar umas jolas e lá se seguiu mais uma sessão de converseta e risada!
Último da na NZ… Passou tão rápido. O tempo estava meio chuvoso mas isso não nos impediu de visitarmos Christchurch. Fomos á Art Gallery, á CC Cathedral, ao Canterbury Museum, ao Jardim Botânico e ao Arts Centre. É uma cidade pequena, tem muitos jardins e não tem prédios altos, faz-se lindamente a pé. Existem uns passeios de gôndola mas realmente o tempo não permitiu. Existe também um autocarro grátis que dá a volta á cidade e pára nos pontos turísticos mais importantes.
Nem acreditei quando chegou o dia de nos despedirmos do Chico e da Louise. Passou tão rápido!
Às 6h da matina tínhamos avião para a Gold Coast. Acabaram-se os dias de frio. Eu e a marta íamos agora desforrar-nos com 4 dias de sol e praia num backpackers no meio da floresta e muito bom ambiente!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Sydney with the girls

O plano era eu e a Ana encontrarmo-nos com a Marta em Sydney para aproveitar 5 diazinhos de bom tempo, com muitos passeios e uma noitezinha pelo meio. E assim foi…
Mal chegámos recebemos a fantástica notícia que teríamos uma casa com vista para a praia de Tamarama só para as três até os “Frankies” voltarem de Melbourne. Os “Frankies” por sua vez estavam em minha casa… Até parece aquele filme da Cameron Diaz e do Jude Law… Os nossos queixos caíram quando chegámos a casa. Que varanda maravilhosa para os pequenos-almoços. Até houve um dia em que tivemos a companhia de uns golfilhos…



O nosso primeiro dia começou com uma caminhada matinal da praia de Tamarama até à famosa Bondi Beach, onde bebemos um café ao sabor de uma leve brisa marítima. .





Seguiram-se mais umas caminhadas, estas já na cidade, com paragem nos spots obrigatórios: Opera House, Harbour Bridge, Botanic Gardens, Darling Harbour e Sydney Aquarium. Depois de um dia com tantas caminhadas nada como um jantar em casa do casal Vozone.














No segundo dia estava planeado um trecking perto do Taronga Zoo. Apanhámos o ferry e seguimos as instruções da Mariana. Foi uma caminhada óptima, estava calor mas não abafado, comemos uma frutinha no meio da montanha com Sydney ao longe a servir de vista e almoçámos num jardim com pássaros cheios de inveja da nossa sanduíche.





Depois ainda fomos de autocarro até Manly e daí voltámos para casa. É sexta-feira, dia semanal da bezana para estes aussies! Assim, o Duarte, a Mariana e o Pedro foram lá jantar e seguimos para uma noite meio louca em Oxford Street, conhecida pelos seus bares gay e pelos famosos travestis.







No sábado encontrámo-nos com o casal Vozone no Paddington Market, um mercado cheio de artistas locais, com coisas apetecíveis de se comprar para quem tem cheta, que não era o meu caso, infelizmente. Seguimos para China Town e passámos o fim de tarde em Bondi Beach. Combinámos jantar com a Mariana e com o Pedro em China Town e acabámos por ficar num coreano, onde as entradas ganharam ao prato principal, mas onde se teve muito bem. A meio do jantar mega chuvada, por isso o copo que poderia vir a acontecer a seguir foi anulado e fomos para as respectivas casas.




Domingo os “Frankies” regressaram de Melbourne por isso pegámos nos nossos trapos e mudámo-nos para casa dos Vozone, onde ficámos igualmente bem instaladas. Fomos as quatro “gaijas” passear para Watsons Bay, onde almoçámos com uma vista fantástica, onde tirámos mil fotografias e ficámos a saber que este é o sítio onde mais suicídios acontecem em Sydney. Ainda conseguimos arranjar 15 minutos para passar na indispensável Kings Cross e passar no supermercado para comprar o jantar: bifes de canguru e salada. Ahh sem esquecer os cookies maravilhosos para sobremesa (e ceia... e pequeno almoço do dia seguinte, etc etc...).











O nosso último dia em Sydney foi passado nas imponentes Blue Mountains. Alugámos um carro e lá fomos. Admito que as “three sisters” me decepcionaram um bocado, mas a grandeza daquela floresta e a quantidade e variedade de árvores impressionam.







Acabámos o dia em grande a jantar com um grande grupo de portugueses, ao qual se juntou o Patrick, primo da Marta, e uns amigos, no Noodle Food Festival.


terça-feira, 13 de outubro de 2009

Melbourne Museum

Depois dum fim de semana cheio de sol com direito a muitos passeios perto da praia, brunchs e a duas noitadas com uns amiguinhos ozzys de Sydney, segunda-feira começou mais uma semana... Mas a semana só começa para quem trabalha, eu e a Ana estamos de FÉRIAS, logo, para nós, segunda-feira é como se fosse sábado ou domingo.
A Ana vai para o Brasil em Novembro (depois volta para cá em Janeiro); também já não falta muito para começar a minha mega aventura asiática, por isso há que aproveitar para fazer e ver o que nos falta nesta cidade (que não é pouco!). Confesso que sempre que passo nas pontes do Yarra River, sempre que passeio na praia ou nas ruas de St. Kilda, me dá uma nostalgia... Melbourne é sem dúvida uma grande cidade!





Acordámos e fomos para a "city" visitar o Melbourne Museum, tal qual os turistas.



O Museu fica a 5 minutos de tram (o célebre 96) do centro. Tem dois andares, no "ground level" a galeria da ciência e o centro aborígene. A galeria da floresta começa neste andar também mas estende-se at+e ao "upper level", onde também estão a galeria destinada a explicar a história de Melbourne e uma exposição sobre o corpo humano e o cérebro e a mente.

Primeiro entrámos numa sala gigante, que mais tarde se percebe que tem um tecto com buraquinhos, onde é reconstruído um ambiente de toda uma natureza. Ali vivem peixes, pássaros e plantas como se fosse o seu habitat natural... Até um bicho pau...



Aprendi imenso sobre doenças como o alzheimer e a demência, percebi como funcionam os sonhos e qual a sua importância, li e experimentei tudo sobre emoções e sentimentos e pude relembrar o corpo humano e os seus sistemas digstivos, reprodutivo, circulatório, etc. Esta é sem dúvida uma parte bem interessante do museu.




Passamos então para a sala que conta a história de Melbourne.
Fotografias de antigamente...





Dois dos muitos símbolos deste país, as meet pies e o footy...
E o "coat of arms", claro...Foi atribuído em 1912 quando Melbourne era a capital Australiana, pelo King George V. O escudo representa os seis estados e está suportado pelos dois animais mais comuns e mais caraterísticos do país, o canguru e o emu.





E uma curiosidade: Little Lon era o bairro das personas non gratas da sociedade,the dark side of town, onde se juntavam os imigrantes, as prostitutas, bêbados, pequenos comerciantes, grandes famílias cheias de crianças e até freiras. Esta era uma zona onde imperava o medo dos que não lá viviam. Hoje em dia esta zona é o CBD, inundada de escritórios, asiáticos com penteados estranhos e australianos de fato e gravata...

Numa sala à parte, exposições vão rodando ao longo do ano, desta vez: A Day in Pompeii. Adorei a exposição, à parte do facto de que estava completamente cheia, sendo difícil muitas vezes chegar perto dos objectos...
Dia 29 Agosto do ano 79 A.C. duas mil pessoas morreram (e 10 mil conseguiram escapar)depois do vulcão do monte Vesúvio ter arrasado com a cidade de Pompeia.
Alguns habitantes da pequena vila perto de Nápoles conseguiram fugir para as cidades do interior e para os campos que a rodeavam. Um ano depois, o Imperador Titus mandou iniciar os trabalhos de reconstrução da região, completamente devastada e sem sinal de qualquer tipo de vida. As estátutas do fórum foram encontradas, desenterradas e removidas.
Os escritos dos que sobreviveram mostram claramente o desespero: "you could hear the wails of women, the cries of children, the shouts of men... many raised their arms to the gods, others declared that the gods were no longer and that this was the last night on earth". A maioria morreu sufucada pelo fumo.
Em 1740 as escavações eram mais que muitas, sempre na esperança de encontrar algum tesouro escondido. Em 1765 o Templo de Isus foi encontrado.
A partir de 1850, Pompeia virou atracção turística, sendo mesmo inaugurado o que podemos hoje chamar de teleférico, em 1880, com o obectivo de levar os turistas até ao cimo do vulcão, ainda activo.
Em 1944 deu-se a última erupção, que provocou a destruição de várias vilas e a evacuação de Nápoles.
Em 1980 houve um forte terramoto que destruiu muito do que tinha sido desenterrado até à data.
Em 1997 Pompeia foi declarada pela UNESCO como World Heritage Site. Hoje em dia três quartos de Pompeia está a descoberto.

Infelizmente é proibido tirar fotografias. Ficará na minha memória a sala onde estavam corpos cobertos de pedra vulcânica, um filme em 3D que reconstrói o acidente natural duma forma espectacular e o corredor que mostrava como era Pompeia no antigamente mais antigo...