terça-feira, 21 de abril de 2009

Bells

“For whom the Bell Tolls
Until you have stood on the Bells cliff-top, fending off a still breeze, while two of the world´s best surfers duel it out in the bowl, you have not really had the full Australian surfing experience. Likewise, even if you are one of the most successful competitors, your trophy cabinet will always feel somehow incomplete without the longest running and most coveted contest prize in professional surfing, The Bell. (…) Being the guy who gets to climb the cliffs in a contest jersey and ring harder than the hunchback at Notre Dame is never easy. The wave itself is extremely challenging and often difficult to read. (…) The eventual Bell ringer also needs to be highly versatile. Historically the contest is one of the most mobile on tour and can be shifted to a number of dramatically different locations on the whim of swell. (…) Bells might be an early event but it can also be the location where you break the back oh the World Title run”.
(in The Dream Tour, the official magazine of the ASP World Tour in Australia)
Conclusão: I had the full Australian surfing experience!!
Ficámos a dormir em Tourquay, em casa do Wade, designer da Quiksilver. A probabilidade de muitos amigos meus já terem vestido fatos de banho e t-shirts com desenhos feitos por ele é grande. Artista por natureza. É importante dizer que chegámos aqui com a ajuda da Danielle, australiana, amiga duma amiga da Inês (na fotografia). Uma casa muito cosy, de madeira, perto dum campo de golf, com cangurus no jardim. Um alpendre enorme, com barbeque (óbvio, em casa de australiano…), uma rede, e 10 bicicletas de down hill, todas artilhadas. Eu só pensava que me tinha acabado de sair a sorte grande! Mas ainda estava tanto por vir…
Fomos ver a final de mulheres a Bells, esse marco da história dos campeonatos de surf. Ganhou a Silvana Lima, brasileira. Primeiro brasileiro a ganhar em Bells. Os brasileiros cantaram o hino enquanto ela abanava o sino, o troféu característico da competição nesta praia. Foi arrepiante.
Voltámos para casa com o objectivo de fazer um churrasco para jantar, beber umas imperiais, mas nunca pensámos que a própria Silvana seria quem nos serviria um belo repasto. Amigo de amigo e tal e coisa, e ela acabou por ir jantar a casa do Wade, com a Jaqueline Silva (surfista do circuito mundial há mais de 10 anos) e uma amiga delas, a Tatiana. Tivemos direito a provar carne de canguru e tudo, é doce, mas nada como uma boa picanha. Foi um óptimo momento, uma óptima conversa, muito divertido.
Não há melhor sensação do que aquela em que somos surpreendidos pela humildade, simpatia e simplicidade. Foi muito bom conhecer e conversar com estas miúdas que viajam pelo Mundo a competir, foi compensador perceber o tipo de vida que levam, muitas vezes difícil porque estão longe de quem gostam, mas a maioria das vezes bom, porque no fundo fazem aquilo que mais gostam: surf.
O próximo campeonato onde elas estarão a competir será na Praia do Guincho no próximo mês, quem puder ir, não perca. E em Outubro vão estar em Peniche.





4 comentários:

  1. Que sorte Pedra, ainda à tão pouco tempo na Austália e ja com tanto programa excelente!!! Ainda por cima com uma passagem por Bells Beach..

    Um grande beijo curte isso ao máximo!!!

    Duarte

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  2. hum... parece-me que a adaptação está a ser dificílima...

    :D acompanharei diária e fervorosamente o teu blog.
    grande beija

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  3. Pedra, brutal.. hoje pela primeira vez vim olhar p o blog.. Está lindo.. continua.. è mesmo uma maneira de parecer que estás mais perto, como de estar a par (e viver) tudo o que aí fazes e conheces. Cuidado com os homens maus, tá? Beijão enorme, tenho mtas saudades. Maria Cordeiro

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